Henfil
Hélio Turco, Jurandir e Alvinho
Cem anos de liberdade, realidade e ilusão
O negro samba, o negro joga a capoeira
ele é o rei na verde-rosa da mangueira
ele é o rei na verde-rosa da mangueira
Será...
Que já raiou a liberdade
Ou se foi tudo ilusão
Será...
Que a Lei Áurea tão sonhada
Há tanto tempo assinada
Não foi o fim da escravidão
Hoje dentro da realidade
Onde está a liberdade
Onde está que ninguém viu
Moço
Não se esqueça que o negro também construiu
As riquezas do nosso Brasil
Que já raiou a liberdade
Ou se foi tudo ilusão
Será...
Que a Lei Áurea tão sonhada
Há tanto tempo assinada
Não foi o fim da escravidão
Hoje dentro da realidade
Onde está a liberdade
Onde está que ninguém viu
Moço
Não se esqueça que o negro também construiu
As riquezas do nosso Brasil
Pergunte ao criador
Quem pintou esta aquarela
Livre do açoite da senzala
Preso na miséria da favela
Quem pintou esta aquarela
Livre do açoite da senzala
Preso na miséria da favela
Sonhei...
Que Zumbi dos Palmares voltou
A tristeza do negro acabou
Foi uma nova redenção
Que Zumbi dos Palmares voltou
A tristeza do negro acabou
Foi uma nova redenção
Senhor...
eis a luta do bem contra o mal...contra o mal
que tanto sangue derramou
contra o preconceito racial
eis a luta do bem contra o mal...contra o mal
que tanto sangue derramou
contra o preconceito racial
Colegas profissionais da educação, nos últimos anos, desde da implantação
das cotas em universidades públicas para negros ou afro descendentes, se falar
em ser negro ou admitir a existência de negros no Brasil, é correr o risco de ser acusado de ter um discurso racista por determinado
segmento da sociedade, em especial, daqueles que possuem o poder de influenciar
os outros, os tais formadores de opiniões sociais.
Para ilustrar
esse assunto comecei com duas informações
lúdicas, um cartum de Henfil dos anos setenta e o samba enredo campeão
do Carnaval, da Mangueira de 1988 – Cem
anos da Abolição da Escravidão _
Poderia
colocar aqui a letra da música “Haiti” ou as fotos das últimas incursões
policíais nos guetos negros, morros e favelas.
Hoje assistimos embasbacados e revoltados com o genocídio da juventude negra,.Onde agentes
da lei atiram e matam. Forjam a resistência à voz de prisão dada aos jovens
negros;com o intuito de justificar a chacina.
Jovens, que se encontram numa faixa etária de onze a
vinte um anos de idade.
A pergunta que
não quer se calar: O que mudou na situação social dos negros desde a abolição
da escravatura?
Desde a
implatação da abolição nesse país, na qual a
maioria da população é formada por negros, a situação socio-econômica
desta parte da sociedade vem sendo marginalizada e que é sempre preterida nas
ações governamentais, voltadas para o social.
Haja vista, o ministério do governo Temer formado somente
por: homens brancos, profissionais universitários e ricos.
A partir da
incursão na realidade deste setor de brasileiros(pobre e negro), que se viu a
necessidade de melhorar a situação
desses irmãos. Mas isso tem que ser de uma só vez, não dá para ser feito
escolhendo uns, em detrimentos de outros e nem esperar mais tempo. Pois,muito
já se foi esperado e tantos outros já foram culpados por esta sina. Ela tem que
ser quebrada, mudada e já.
As riquezas
deste país assim como as universidades públicas são criações dos trabalhadores
e nada mais justo de que nos bancos universitários públicos estejam os filhos
desses trabalhadores, tão sacrificados e sacaneados pelos senhores do poder.
O negro, em sua
maioria, faz parte de um setor social mais esculhambado, esquecido e massacrado.
Se faz preciso começar a reparação por todos os danos
sócio-econômicas a ele acometidas. Essa foi, é e será sempre uma luta do
movimento negro brasileiro. Pois, toda esta situação se resume numa única
palavra: racismo.
Não vamos ficar
falando em pobreza e falência do ensino básico público, para mais uma vez
esconder a verdadeira situação do negro na sociedade. Pois, o negro é pobre e
estuda em escolas públicas. Aqui, não podemos deixar de mencionar o EJA, onde
encontramos um nítido corte racial, social e classista. Negros, trabalhadores
assalariados e,ou desempregados e pobres.
Com tudo isso junto, se faz necessário
uma política educacional comprometida, politicamente, com a justiça, a
igualdade e a solidariedade entre os educandos e os educadores. .
Será
interessante que daqui alguns anos, tenhamos não só professores, mas também
médicos, dentistas, engenheiros, advogados, agrônomos e etc negros formados por universidades públicas,
através da conquista cotista.
Uma reparação com mais de cem anos de atraso.
Concluindo,
ser negro não é só uma questão de pele, epiderme.Mas, é ter uma atitude política à favor de uma sociedade
igualitária e mais justa.
Axé Zumbi de
Palmares!!!!!
C
Nossa grande ativista,militante NEGRA,LÉLIA GONZALEZ disse e muito bem:o Negro dormiu ESCRAVO e acordou VAGABUNDO. Já acordamos e por isso como disse TAIS ARAÚJO, ontem não tínhamos como falar; hoje falamos e somos chatos. Sejamos NEGRAS CHATAS, NEGROS CHATOS. SEjamos NOS.
ResponderExcluirNossa grande ativista,militante NEGRA,LÉLIA GONZALEZ disse e muito bem:o Negro dormiu ESCRAVO e acordou VAGABUNDO. Já acordamos e por isso como disse TAIS ARAÚJO, ontem não tínhamos como falar; hoje falamos e somos chatos. Sejamos NEGRAS CHATAS, NEGROS CHATOS. SEjamos NOS.
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