28 de outubro de 2015

Membro do NEAB coordena GT na UFOP/MG sobre Racismo Estético e Educação


Ocorreu entre os dias 28 e 31/10/2015 o "IV Pensando Áfricas e Suas Diásporas", sediado pela Universidade Federal de Ouro Preto, no campus Mariana, em Minas Gerais.

Alessandra Pio, que atualmente coordena o Neabcp2, e Fabiana Lima, que representou o campus Engenho Novo até junho deste ano - quando foi aprovada em concurso para lecionar na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) - propuseram o seguinte trabalho:



RACISMO ESTÉTICO E EDUCAÇÃO: DA IDENTIDADE DO PROFESSOR E DA PROFESSORA NEGRA ÀS IDENTIDADES RACIAIS E DE GÊNERO DO/AS EDUCANDO/AS

Resumo:

A partir da nossa participação no Grupo de Estudos e Pesquisas Intelectuais Negras e do diálogo teórico em torno de como o racismo à brasileira dá forma a práticas educativas excludentes, conforme os estudos de Nilma Lino Gomes (1995), Eliane Cavallero (2003), Sueli Carneiro (2005), Kabengele Munanga (2004), Antonio Sérgio Guimarães (1999), este GT objetiva levantar discussões teórico-metodológicas acerca da corporalidade dos sujeitos envolvidos nas dinâmicas educativas, através de processos que envolvem tanto as identidades raciais de professoras e professores negros quanto o processo de construção de identidades raciais e de gênero dos educandos. Na medida em que a diáspora africana no Brasil se construiu em meio a um ideal de branqueamento, que acabou por criar uma espécie de racismo profundamente calcado em características fenotípicas, sobretudo a partir da inferiorização das tonalidades escuras de pele, do cabelo crespo ou carapinha e de outras características físicas consideradas passíveis de serem classificadas, impõe-se a necessidade de um GT destinado a dar centralidade ao corpo negro e ao racismo estético em espaços educativos. Compreendemos, com Cuche (1999), que a cultura é resultado de vivências concretas de visibilidades  na forma de conceber o mundo e que, se percebemos que isso é construído, podemos interferir nesse processo, mudando os resultados. Como, infelizmente, na educação brasileira, o processo de subalternização do corpo da população negra implica também dúvidas acerca do valor das negras e negros enquanto sujeitos cognoscentes e produtores de conhecimento, o/as participantes deste GT trocarão trabalhos acadêmicos, ideias, propostas e projetos educacionais tanto acerca do racismo e de práticas discriminatórias que perpassam a educação e espaços formais e informais quanto dos processos de humanização e construção de identidades raciais e de gênero do/as educadores e educando/as.

Foram diversos trabalhos inscritos, versando sobre a situação da criança negra na creche, no primeiro segmento do ensino fundamental, mas também das professoras e professores negros em construção identitária e pertencimento.

A chamada para o GT também foi veiculada pelas redes sociais:


A apresentação da proposta com chamado para inscrição de trabalhos, seguida de resumo do currículo das professoras proponentes do GT7 no "IV Pensando Áfricas e Suas Diásporas" 



Os resumos inscritos neste GT podem ser lidos na página do evento, e em breve o livro com os textos completos será disponibilizado.

As coordenadoras agradeceram, emocionadas, pela participação de pessoas que tanto contribuíram com suas práticas e com a de ouvintes que também acompanharam os trabalhos do grupo. Algumas imagens:

Todo o trabalho foi pautado de forma a contemplar todas as falas, houve vários momentos de relatos de experiência, partindo das apresentações.

Fabiana Lima e Alessandra Pio, coordenadoras do GT, em roda de conversa após as apresentações do primeiro grupo.


Todos e todas muito atentos e atentas, todos os trabalhos somaram muito às experiências de cada um de nós.


Parte do grupo que conseguiu ficar até o final: sentiremos saudades!




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